O presidente da AGEPEN-PB Associação dos Agentes Penitenciários do Estado da Paraíba, que também é presidente de Honra da AGEPEN-BR Associação dos Agentes Penitenciários do Brasil, Marcelo Gervázio, criticou duramente o tipo de armamento que é disponibilizado aos agentes penitenciários no Estado.
Em entrevista a uma emissora de rádio local em João Pessoa, Marcelo disse que as armas que os agentes usavam eram obsoletas, na ocasião da fuga em massa que ocorreu na madrugada desta segunda-feira (10), no Presídio PB1 na capital paraibana.
“O nosso armamento é deficitário e os agentes que estavam lá (no presídio PB1) usavam armamento obsoleto, revólver calibre 38 e escopeta calibre 12. Nós precisamos de armamento mais pesado para os agentes nos presídios e sofremos com essa falta de estrutura. Por pouco não aconteceu um mal maior, que poderia ter culminado com a execução de vários agentes”, destacou o presidente da AGEPEN-PB.
Ainda, de acordo com Marcelo Gervázio, a grande preocupação da categoria é que a criminalidade descubra essa fragilidade dos agentes.
“Com o nosso material próprio de trabalho nós não temos condições de conter uma grande rebelião. Nós trabalhamos e estamos conseguindo segurar o caos por conta do nosso bom material humano. Nós aqui na Paraíba ganhamos o menor salário dos agentes penitenciários do Brasil e ainda nós somos os únicos agentes do país que não temos nenhuma perspectiva de ascensão funcional”, completou Marcelo Gervázio.